
A voz "grasnada" de Donald foi criada pelo dublador Clarence Nash, que até então era apenas um homem da zona rural de Watonga, Oklahoma. Nash tinha o dom natural para imitar animais, inclusive sons de patos. A voz que Nash criou para Donald, baseava-se no simples fato em falar palavras através de um tipo de "ruido", feito com o canto da boca, que lembrava o grasnado de um pato.
Clarence Nash permaneceu como a única voz do pato nos Estados Unidos até a sua morte em 1985, e logo após, Donald passou a ser dublado nos EUA por Tony Anselmo, que foi treinado pelo próprio Nash, quando este ainda era vivo; muito embora a voz de Anselmo seja um pouco mais aguda, do que a que Donald tinha nos desenhos mais antigos.

Desde a sua primeira aparição, Donald já apareceu em vários desenhos do Mickey, ao lado de personagens como Pateta e Pluto. Mas foi apenas em 1937 que Donald estreou sua própria série animada ao lado de sua amada Margarida. O desenho era Don Donald. Seus sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luisinho apareceriam um ano mais tarde, no episódio Os Sobrinhos de Donald.
Donald foi estrela de dezenas de curtas durante os anos 30 e 40 e desde então brinca-se sobre sua rivalidade com Mickey quanto a quem é o principal símbolo da Disney - como no seriado House of Mouse, sua última aparição animada. Vale lembrar que, na hora de escolher o simbolo da Disney para visitar o Brasil, foi Donald que veio às ruas do Rio de Janeiro - em Alô, Amigos, de 1942.

Nos quadrinhos, sem sombras de dúvidas, Donald é a cara da Disney. Ele estreou nas tiras já em seu primeiro ano, com a adaptação de A Galinha Sábia. Em 1937, a partir do contrato entre Disney e a editora italiana Mondadori, ele já possuía histórias inéditas criadas para o mercado europeu.
As maiores histórias de Donald foram inicialmente concebidas por Carl Barks. Graças ao seu grande talento, criou todo um universo de personagens, dos anos 40 ao 60, como - Tio Patinhas, Irmãos Metralha, Pardal, Gastão e quase tudo que você conhece da cidade dos patos, Patópolis. Barks é, até hoje, é lembrado e citado como o "homem dos patos". No ano passado, a Editora Abril encerrou a coleção completa de suas histórias com a família Donald. Nos tempos da segunda guerra mundial, o sucesso do Pato Donald foi tão grande que, mesmo com a proibição da publicação de personagens americanos nos países do Eixo, ele continuou a ter uma revista na Itália - Benito Mussolini era um fã confesso. Os italianos são, até hoje, um dos grandes produtores de aventuras do pato (junto aos holandeses e dinamarqueses) e foram eles que, em 1969, o transformaram em um super-herói com a criação do Superpato, uma paródia de Diabolik, personagem de sucesso no país da bota.

Nos dias de atuais, o pato não tem novas histórias em produção nos EUA. Entretanto, Sua fama como personagem de quadrinhos é incomparável em países como Dinamarca, Noruega, Alemanha, Suécia e Itália. Recentemente em uma matéria do jornal Washington Post destacou que uma edição de colecionador de Donald, com 8 mil páginas e custando aproximadamente R$ 3.500, esgotou sua tiragem na Alemanha.

Pato Donald teve seu traço concebido por diversos artistas não só estadunidenses mas de vários países inclusive do Brasil, que mantêm o design característico do mestre Carl Barks e a personalidade dos desenhos animados, mas adicionando alguns maneirismos ou estilos próprios de cada um. Desses todos, além de Carl Barks destacaram-se Giovan Battista Carpi, Giorgio Cavazzano, William Van Horn, Daan Jippes, Keno Don Rosa (autor da A Saga do Tio Patinhas), Marco Rota (que segue os traços de Barks), Romano Scarpa, Tony Strobl, Al Taliaferro, Tetsuya Nomura (responsável pelo visual do Pato para os jogos Kingdom Hearts) e Shiro Amano (autor da versão manga dos mesmos jogos Kingdom Hearts).
Por mais que o tempo avance, o tio Donald sempre estará em plena forma, seja como lembrança mera de sua infância, seja contagiando e conquistando novos adeptos de vários locais de todo o planeta. Seja como for, ele é uma lenda que permanecerá viva por diversas gerações e sua fama e mejestade jamais serão esquecidas.
Seja o primeiro a Comentar!
Postar um comentário